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04 janeiro 2010

O Símbolo Perdido, de Dan Brown

“Se o infinito não quisesse que o homem fosse sábio, não teria lhe dado a faculdade de saber.” (p. 481)

O Símbolo Perdido Dan Brown

Hoje pela noite, encerrando oficialmente as leituras do ano de 2009, eu finalizei o romance O Símbolo Perdido (The Lost Symbol, 2009), escrito pelo mais popular autor de thrillers da atualidade: Dan Brown, norte-americano de 45 anos que mora na Nova Inglaterra com sua esposa, Blythe.

Dessa vez, ele mergulha fundo nos mistérios que rondam a sociedade da Francomaçonaria.

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Sinopse: Em O Símbolo Perdido, o célebre professor de Harvard, Robert Langdon, é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon – eminente maçom e filantropo – a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, Langdon descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo.

Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo.

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Não consigo ler um livro de Dan Brown (que tenha como protagonista o professor de simbologia Robert Langdon) sem associar o famoso herói urbano de Harvard a Indiana Jones, o também professor universitário de Spielberg que se lançava nas mais absurdas e surpreendentes aventuras em busca de algo antigo e poderoso relacionado a História.

Temos em O Símbolo Perdido (como não poderia deixar de ser) uma aventura de proporções grandiosas, envolvendo sociedades secretas (dessa feita, a maçonaria), a inteligência dos Estados Unidos (CIA), vilões bizarros, cruéis e inteligentes e uma miríade de personagens secundários que dão sua presença na trama intrincada bolada pela mente criativa de Brown.

Eu diria que este é o melhor livro que Dan Brown escreveu até agora. Tenho um apreço especial por Anjos e Demônios e Fortaleza Digital, mas O Símbolo Perdido realmente se ergue acima destes dois últimos. O suspense que permeia a narrativa é intrigante, força o leitor a pensar, a fazer associações, a se perguntar como é que aquelas coisas podem estar acontecendo. O suspense e as cenas de ação que se desenrolam ao longo do texto são intensos. E, como sempre, as curiosidades que Brown traz nos seus livros são muito interessantes.

Não sou ingênuo a ponto de não perceber que o autor repete a mesma fórmula em todos os seus livros. Sim, ele faz isso mesmo, repete sempre a mesma coisa: o personagem principal é ajudado por uma parceira atraente e elegante que está estudando um campo misterioso da ciência; ambos são perseguidos por uma junta de policiais que interpretam errado o que eles estão fazendo; o vilão da história é alguém com um passado obscuro que possui contatos espalhados pela cidade e anseia por algo ambicioso; alguém invariavelmente muda de time no final da trama.

Brown está sempre seguindo esse mesmo roteiro, mas… e aí? O que importa é que (pelo menos no meu caso) ele sempre faz o leitor ficar grudado no volume, virando página depois de página para saber afinal o que vai acontecer com os personagens. A narrativa dele sempre me fisga justamente por ser bem trabalhada e, acima de tudo, instigante. Ninguém pode negar que Dan Brown escreve thrillers de suspense de maneira irresistivelmente atraente.

O Símbolo Perdido é uma leitura que vale a pena.

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Por fim, transcrevo abaixo um dos trechos que achei mais interessantes, filosoficamente falando. Existem outros, mas aí está um curto e simples.

“Mesmo naquele momento, parecia que os Antigos Mistérios o desafiavam. ‘O segredo se esconde dentro’ era o principal preceito deles, que instava o homem a buscar Deus não nas alturas do céu… mas sim dentro de si mesmo. O segredo se esconde dentro. Era essa a mensagem de todos os grandes mestres místicos.

(…)

Todos os ensinamentos místicos ao longo da história haviam tentado transmitir essa mesma idéia. (…) Apesar disso, a humanidade continuava a procurar no céu a face de Deus.” (p. 364-5)

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Postado ao som de: Cleaning my Gun, by Mark Knopfler

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